Quando a Honda lançou a Pop 100 em 2007, a moto era conhecida pela sua simplicidade, mas o preço era o que mais chamava a atenção: R$ 3.990. Dezessete anos depois, agora como Pop 110i, ela ainda é a porta de entrada da Honda no Brasil e se tornou quase sinônimo de primeira moto e ferramenta de trabalho para muitas pessoas. Agora, a moto está chegando à linha 2025 com várias mudanças significativas.
A Pop não passava por mudanças desde 2015, quando recebeu a última atualização no visual e o motor 110 com injeção eletrônica. Se alguém esperava apenas novas cores, pode até se surpreender. A pequena moto da Honda teve toda a parte mecânica renovada e está mais equipada. O visual não mudou, mas o impacto no preço é impressionante. A Honda Pop 110i ES 2025 agora custa R$ 9.690 sem frete, apenas R$ 120 a mais em comparação com o modelo anterior.
O câmbio tem a mesma operação encontrado na Biz. Tem até o característico "trancinho" ao engatar a primeira marcha. Depois, é só alegria. Mas é importante lembrar que você não precisa usar a embreagem, apesar dela estar lá. Portanto, nas reduções, é recomendável dar um toque no acelerador entre as marchas para evitar trancos.
Falando em aceleração, não há muito o que fazer: o Promot 5 vai limitar todas as motos. A Pop está mais potente, mas essa potência vem de forma progressiva. A antiga era quase arisca no pouco que entregava, a nova parece mais calma acelerando, apesar do fôlego extra. Os freios ainda são a tambor com 110 mm de diâmetro em cada roda. Eu sei que haverá reclamações, mas em uma moto projetada para ser barata e não intimidar, os tambores fazem mais sentido. Afinal, a Pop não chega nem a 100 km/h e pesa menos de 90 kg, não precisando de um sistema de freio exagerado.
Isso nos leva aos novos pneus. De acordo com os testes da Honda, Michelin e Levorin oferecem pneus muito similares em aderência e durabilidade, mas o que mais impacta na condução é o formato da banda de rodagem. Os da Michelin parecem mais finos, o que deixa a Pop mais ágil e rápida nas curvas. Ela já parecia uma bicicleta na condução, e agora ficou ainda mais fácil.
Seja como a primeira moto de alguém ou como ferramenta de trabalho, o que realmente importa é a facilidade de condução, confiabilidade e acessibilidade, aspectos que a Pop continua entregando na linha 2025. E há mais: quando o fundador da Honda, Soichiro Honda, desenhou suas primeiras motos, seu sonho era que elas fossem fáceis o suficiente de conduzir para que qualquer pessoa pudesse usá-las no dia a dia. Hoje, no Brasil, é a Pop que mais se aproxima desse sonho do fundador da Honda e, na minha opinião, é a moto mais importante que a marca vende no Brasil, até mais que a CG.
