Rodando sob a marca Apollo Go da big tech chinesa, os carros inteligentes se movimentam em velocidades abaixo do que as praticadas pelos motoristas de carne e osso, já que foram desenvolvidos para seguir as regras de trânsito. Além disso, nem sempre respondem a determinadas situações nas ruas como os humanos fazem.
Os robotáxis da Baidu rodam sob a marca Apollo Go. (Imagem: Getty Images)Fonte: Getty Images/Reprodução
Dessa forma, os veículos autônomos têm encontrado dificuldade para se adaptar a uma cultura de direção na qual muitas violações de leis acontecem com frequência, como destaca a publicação. O relatório também menciona alguns flagras do trânsito em que eles dirigem com extrema cautela para evitar acidentes.
Em um projeto experimental, a Baidu levou para as ruas de Wuhan um total de 500 robotáxis elétricos. A companhia planeja dobrar a frota até o final do ano, concorrendo com a Waymo, da Alphabet, e chegando à frente da Tesla, cujos táxis conduzidos por robôs devem ser lançados em outubro, após a revisão do cronograma.
Taxistas temem perder o emprego
Apesar de o número de táxis autônomos ser reduzido e o serviço atender apenas parte da cidade chinesa, neste primeiro momento, os taxistas humanos estão com medo de perder o emprego. O mesmo receio afeta os motoristas de aplicativo da região, à medida que mais carros inteligentes chegam ao mercado.
Segundo a reportagem, a Baidu tem seguido uma estratégia agressiva para atrair mais clientes, com a oferta de descontos irrecusáveis para os passageiros, levando as corridas a custarem um terço das viagens convencionais. Assim, há riscos de que o serviço oferecido por humanos se torne comercialmente inviável, futuramente.
Os trabalhadores do segmento acreditam que possa ser necessária uma intervenção do governo, em algum momento, dependendo do crescimento do serviço de robotáxis, para garantir que a tecnologia não afete a empregabilidade. A cidade possui 24 mil taxistas cadastrados, além dos motoristas de app.