Tio de ex-prefeito de Martinópole e do gestor de Senador Sá, Batista Dentista, irá a júri popular pela morte de Gleydson Carvalho

Batista Dentista (sem camisa) é acusado de ser o mandante do assassinato de Gleydson Carvalho, em 2016. Foto: Reprodução

João Batista Pereira da Silva, mais conhecido por Batista Dentista, será levado a julgamento pelo Tribunal do Júri, acusado de ser o mandante do assassinato do radialista Gleydson Carvalho, ocorrido em 2016. O réu é tio de James Bel, ex-prefeito de Martinópole, e de Bel Júnior, atual prefeito de Senador Sá.

A decisão foi proferida pela 1ª Vara da Comarca de Camocim. O juiz constatou fortes indícios de envolvimento do acusado na organização do crime. Segundo o processo, Batista Dentista teria financiado os custos logísticos dos executores, incluindo hospedagem e transporte, com registros que apontam atividades realizadas na cidade de Senador Sá.

O magistrado também determinou a manutenção da prisão preventiva de Batista Dentista, justificando a medida pelo histórico de fuga. O acusado permaneceu foragido da Justiça desde o início das investigações, sendo capturado somente no ano passado. O processo segue agora em prazo de recurso pela defesa.

O CRIME

O radialista Gleydson Carvalho, de 36 anos, foi assassinado no momento em que apresentava um programa de rádio em 2016. Dois homens chegaram à emissora sob o pretexto de fazer um anúncio. Após renderem a recepcionista, invadiram o estúdio onde Gleydson estava ao vivo, efetuaram disparos contra o comunicador e fugiram em seguida.

Segundo a Polícia Civil (PCCE), o crime teria sido motivado pelas críticas contundentes que Gleydson Carvalho fazia à gestão municipal de Martinópole, na época comandada por James Bel, sobrinho de Batista Dentista. A denúncia do representante do Ministério Público (MPCE) aponta que o assassinato foi encomendado como forma de silenciar o radialista.

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Fernando Barbosa - Opinião CE

Texto Original: Opinião CE